Quando você ingere um remédio “via oral”, o medicamento “desce” pela faringe e atinge o esôfago e chega ao estômago. Lá no estômago, temos enzimas
digestivas começam a desfazer a pílula ou comprimido engolido (o mesmo que acontece quando nos alimentamos). Se o medicamento não tiver uma cápsula
protetora para conter as enzimas, parte do princípio ativo do remédio já será absorvida a partir do estômago, entrando na corrente sanguínea. Após passar pelo estômago, esta pílula triturada “desce” para o intestino.
E no intestino acontecerá a absorção da maior parte do princípio ativo deste medicamento, pois esse órgão é rodeado por diversos vasos sanguíneos. Como a
maioria dos remédios são bem solúveis, os princípios ativos atravessam as membranas permeáveis do intestino e penetram nesses vasos.
Ao chegar na corrente sanguínea, o princípio ativo do remédio começa a circular pelas artérias e veias do organismo, que são responsáveis por levar a substância química do remédio até o exato ponto onde ela precisa agir.
De forma geral, o remédio que circula na corrente sanguínea só não penetra numa parte do corpo: o cérebro. Pois a fim de preservar essa sensível região de danos
colaterais, existe uma proteção fisiológica do nosso corpo chamada barreira hematoencefálica. Ela impede a passagem da maioria das substâncias químicas para
o liquor, o líquido que banha o sistema nervoso central.
O segredo da A atuação dos medicamentos no organismo é que ele só entra em ação quando seu princípio ativo interage com moléculas do corpo chamadas de receptores.
Como cada órgão do nosso corpo (coração, pulmão, fígado, rins e etc) tem seus receptores específicos, o medicamento só age quando seu princípio ativo encontra
moléculas que se “encaixem” perfeitamente com sua fórmula química o que chamamos “chave-fechadura”.
Rafaela Coutinho Barcelos Freitas
Gestão em enfermagem/ Educação continuada Cooperativa Auxilium
Formação Centro Universitário Celso Lisboa
Especialista em Enfermagem do trabalho
Universidade Souza Marques