Muitas vezes vindo do próprio marido em relação a esposa ou tendo iniciado bem antes do matrimônio.
Crianças do sexo masculino ou feminino são criados em famílias onde muitas vezes o dia a dia é regado de muita violência, independente de classe social. Essas crianças crescem presenciando todo tipo de violência, desde xingamentos e empurrões, até chegar no espancamento de fato.
Como poder ajudar?
Diz o velho ditado: em briga de marido e mulher não se mete a colher…
Será que isso está certo mesmo?
Desde que o mundo é mundo, a violência contra a mulher só aumenta. Deve existir uma estatística que no momento não tenho a informação, mas a cada hora do dia quantas mulheres são agredidas por seus companheiros que juraram protegê-las.
O preço de ficar em um relacionamento assim é muito alto… O preço de sair de um relacionamento assim é maior ainda…
De novo a velha pergunta: O que fazer?
É preciso dar um basta nessa violência, com punição mais severa para começar, no século em que vivemos, hoje a liberdade de escolha é para qualquer indivíduo, escolher com quem quer permanecer vivendo e convivendo como um casal é igual para ambos sem ter que apelar para a violência. A orientação sexual também merece respeito e só diz respeito a si próprio, não temos o direito de julgar. Quem somos pra julgar qualquer escolha que seja, que não a nossa própria.
Respeito e liberdade para todo ser humano
Fui casada por 5 anos, nesse relacionamento nunca sofri violência física, mas psicológicas inúmeras vezes. Do tipo: “Essa casa não é sua, você não manda em nada aqui. Quem paga as contas sou eu, portanto eu que mando em tudo inclusive em você. Você não tem do que reclamar, tirei você da miséria e te dei um nome…
Como se eu tivesse nascido sem nome…
“Já matei muito a fome da sua família, está querendo mais o que? ”
Naquela época por volta dos anos 1980 eu não tinha ideia que tudo aquilo era um tipo perverso de violência psicológica.
Por volta de 2007, em outra relação de curto prazo, com um homem como direi, de boa situação e cheio de cultura…
Na época eu trabalhava como Cabeleireira de porta em porta. Foram 8 anos de muito trabalho e muitas vitórias.
O dito “NAMORADO” certa vez, gritou aos quatro ventos…
Onde eu achava que chegaria sendo uma Cabeleireira de porta em porta, morta de fome com um filho doente pra criar e sustentar?????
Não consigo nem descrever onde fui parar ao ouvir aquelas duas palavras, caí em uma escuridão tão profunda que se não fosse a fé que tenho, jamais teria saído de lá…
Hoje, aos 56 anos optei por estar solteira, e descobri vários talentos que foram aparecendo após tanta violência.
Fundei uma cooperativa, a Auxilium, sou líder em média de 200 mulheres que levam o sustento para suas famílias mesmo com o país enfrentando a pandemia com o vírus Covid19. Sou daquelas Nordestinas mais que arretada, que não sonha mais luta pelo que acredita.
Digo não à violência doméstica com toda força do meu ser
Quero dar voz a quem não tem, ensinar a quem não sabe, promover uma ação para colocar essas mulheres no mercado de trabalho, lhes devolvendo o respeito e a dignidade há tempos perdida.
Vocês Não estão sozinhas nessa luta que é absolutamente desigual em todos os sentidos.
Eu sou Edvânia Toledo
Estou atualmente como presidente da cooperativa Auxilium – https://coopauxilium.com.br/ – trabalhando com mulheres em sua amplitude no cuidar. A Coopauxilium, há mais de 5 anos, oferece cuidado humanizado, de excelência, auxiliando pacientes e seus familiares, atuando tanto em residências, quanto em clinicas e hospitais de referência no Rio de Janeiro